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China terá o mesmo poderio militar que os Estados Unidos dentro de 15 ou 20 anos



O século 20 testemunhou profundas e radicais transformações na geopolítica, viu surgirem e desaparecem hegemonias econômicas e militares. No novo mundo desenhado para o século 21, já não existe a bipolaridade capitalismo-comunismo que marcou o cenário internacional na Guerra Fria. A Rússia, sucedânea da URSS, ainda é uma potência nuclear capaz de infligir medo a Washington, mas as maiores preocupações se voltam para a emergência da China e os adversários posicionados no mundo árabe.
Estudos recentes preveem que, se os EUA não agirem rapidamente, verão os chineses alcançarem o mesmo nível de poderio bélico em um espaço de 15 a 20 anos. A previsão foi feita na edição de 2011 deThe Military Balance, publicada anualmente pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), um dos mais renomados centros de análise em questões de segurança, baseado em Londres.
“Os Estados Unidos sempre disseram que jamais deixariam outra nação se equiparar a eles em poderio militar, por isso nos próximos anos eles terão que tomar decisões importantes em relação a isso”, alertou, em um comunicado de divulgação do relatório, o diretor-geral do IISS, doutor em Relações Internacionais John Chipman.
No documento, o instituto londrino realçou o contraste entre os cortes nos orçamentos de defesa dos países ocidentais e o incremento de gastos militares e compras de armas na Ásia e no Oriente Médio.
“Há uma evidência clara de que uma redistribuição global do poderio militar está em curso”, disse Chipman. “Os EUA e outras potências ocidentais estão perdendo seu monopólio em áreas cruciais de defesa tecnológica”, prognosticou o instituto.
Em termos absolutos, recorda o almirante Mario Cesar Flores em seu livro Reflexões Estratégicas: repensando a defesa, os EUA ainda são o país que mais gasta em defesa (4,7%, contra 2,2% da China, dados de 2009), decorrência da decisão da maior economia de exercer firmemente “a supremacia no cenário das nações contemporâneas”. Como destacou, “os EUA são hoje a única potência capaz de atuação intercontinental decisiva e de garantir ou comprometer seriamente a paz e a estabilidade em nível global”.
O general Luiz Eduardo da Rocha Paiva é ainda mais enfático: “Estados Unidos, União Europeia, Rússia, China e Japão formam um eixo de poder que disputa espaços e recursos em todo o mundo. E, na realidade, ainda conduzem os destinos do mundo. Projetam poder político, econômico e militar em áreas de importância geoestratégicas. Procuram limitar a projeção de rivais nessas áreas e, portanto, necessitam para manter aquele status, agir globalmente, e aí acabam limitando a soberania das nações-alvo.”
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Traduzido Por : Esnep Blogspot
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